Friday, September 12, 2008

na penumbra estendes as mãos contra ti...
tocam-te tão fundo no cortex que sentes a hipófise crescer tornando-te miseravelmente pequeno... é de noite, e as visões do dia estão a esvair-se em sangue escuro, profuso, líquido, e, adormecido por uma canção de embalar, obrigas-te a dormir eternamente.

nada podes fazer para contrariar a punção sonolenta, esta perfura a tua spina e violenta-te com pesadelos durante as horas de inacção.
prometem-te casulos, mas nestes não podes caber... mundos, mas se os não vês, não os podes crer.
desistes, soltas um grito, uma pobre criatura tua descendência está fixa dentro do teu olho na esperança de não cair, e, em ti, estão acumulados os metais nobres do peso.

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